I fall in love with people I don't know. (L)'


terça-feira, 22 de junho de 2010

{?}

Para alguns, sou muito afortunada pela vida, sob vários aspectos. Porém, não é deste modo que eu penso e, por mais que você tente me provar o contrário, não conseguirá me convencer. Com meus pais têm um relacionamento estável e uma condição financeira razoável, minha família é legal e tem os defeitos da maioria, ou não os tem. Tenho amigos maravilhosos, fiéis, confiáveis, lindos e inteligentes. Consigo comprar parte do que eu quero para alimentar minha futilidade, gozo de perfeita saúde. Apesar de todos os atributos acima listadostenho o pior dos defeitos (para mim, evidentemente ¬¬): excesso (e falta, simultaneamente) de romantismo/romance na minha vida. Tá, tá, eu só acho o pior porque é o que me falta, todos os argumentos -insisto- não funcionarão comigo, incluindo o que minha vida seria um horror se eu não tivesse um dos itens acima e tivesse o que eu quero. Mas não adianta: eu continuarei achando minha vida incompleta porque me falta amor. Em primeiro lugar, não é que eu seja seca, ou nunca tenha beijado alguém, ou seja fria com quem eu gosto... não saio pegando geral mesmo não, sou seletiva; minha 'carreira amorosa' (ficas), em comparação com a média, é bastante breve. Que fique claro que eu não saio agarrando o mundo por opção minha, porque oportunidades surgem, como para todos. Em segundo lugar, sou carente... abraço meus amigos, dou beijo nas bochechas de quem eu gosto e quando me dá vontade. O problema é quando o assunto é algo mais sério, quando eu estou amando, gostando, interessada, whatever. Aí querido, a coisa complica. Começando, a velha questão 'quem eu quero não me quer/quem me quer eu não quero'. Se eu consigo superar essa etapa (raro), vem o cerne do caso: o "andamento processual", vamos assim dizer. A melhor forma de descrever a sensação que eu tenho quando atinjo essa etapa é a de que o mundo conspira inteiramente, em cada átomo, contra qualquer tentativa de relacionamento meu. As coisas mais absurdas, mais estapafúrdias e as mais previsíveis irão acontecer numa incrível sucessão de eventos desastrosos, ou tentativas de eventos, seja todas elas juntas em um fim-de-semana, no decorrer de 2 meses, qualquer que seja o intervalo de tempo, no intuito de atrapalhar o que seria o transcorrer natural da História. E a única coisa que eu posso fazer é pedir desculpas e pensar: PQ PQ, de novo. Pode ficar pensando que é drama, não ligo. Assumo que invejo as pessoas "normais" que conseguem vencer o caminho rolo-fica-namoro sem muita dificuldade. Eu nunca atingi a terceira etapa desse caminho, infelizmente. Talvez incompetência minha, talvez apenas uma seqüência de coincidências inexplicáveis que acontecem por aí, talvez o tal destino exista mesmo... eu insisto em não acreditar na última hipótese, e espero piamente que eu esteja certa. Alguns já me disseram: "você é muito nova, não se preocupe, ainda tem muito tempo para que a 'pessoa certa' apareça", ou então "quando você menos esperar, "o" cara surgirá. Mas eu não quero que ele apareça daqui a uns anos, ou meses, ou dias. Eu quero agora. E eu quero experimentar, ver se o namoro dá certo. E não que o príncipe encantado surja em seu cavalo branco e me peça em casamento. Tudo bem que eu quero um amor, mas sou muito nova pra casar, nem quero esperar que dê a idade que eu cogite a possibilidade de casamento para que apareça alguém para mim! Até porque eu não acho que vá me casar e ter filhos, mas não descarto totalmente essa possibilidade. Isso é assunto para outro post! Isso tudo aqui não passa de um apelo à vida, às forças ocultas (do lado bom da força ;P) que possam interferir no curso natural da minha medíocre existência humana: deixem-me experimentar, viver emocionalmente intensamente! Parem de me atrapalhar, de fazer com que todas as minhas chances de que algo dê certo sejam frustradas! Já vivenciei provas de pura -e falsas também- amizades, de realização como estudante, viajei por lugares indescritíveis, experimentei sensações estranhas e controversas... mas agora eu imploro a chance de compartilhar tudo isso com alguém. Alguém legal, interessante, com defeitos, chatices, manias estranhas, tristezas, decepções, frustrações e que consiga relevar os meus problemas em nome de algo maior. P.S.: minha maior relutância em criar um blog é que eu sempre soube que, mais dia menos dia, eu publicaria algo tão íntimo assim. P.S.²: espero sinceramente que um dia eu venha postar algo que contradiga tudo que eu acho que não ocorrerá em minha vida (:

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